Sempre fui uma menina de poucas amizades, fui aquela menina que chorava em qualquer lugar pois não conseguia controlar seu próprio choro e nem suas emoções, me ensinaram a sempre dizer a verdade, e sempre ajudar o próximo. Eu era aquela menininha que escrevia tudo no diário e o travesseiro era o meu único conselheiro que enxugava minhas lágrimas de noite, não tive pais liberais e nem saia muito para festas, morria de medo de ter faminha, e sempre me preocupava com o que as outras pessoas ia pensar. Mas de um jeito que não sei explicar tudo mudou, comecei a fazer mais e mais amizades, aquelas amizades que tem “nome” sabe, em primeiro lugar, como eu tinha aprendido a sempre dizer a verdade, eu me apaixonei, aquela paixão tinha me pegado e não queria mais me largar, resolvi contar, e ele me deixou, eu chorei, ou melhor, chorei muito, nessa época já tinha abandonado meu diário, e meu conselheiro ainda era meu travesseiro, mas ele não dizia o que devia fazer, recorri a minhas amigas, e o que ouvi foi se apaixona de novo, claro, para esquecer um amor so outro certo? Errado! Bom não se esse novo amor for melhor que o outro, eu chorei novamente, riram de mim, não entendia o porquê, eu não conseguia controlar o choro, e era pra mim sempre ser sincera certo? Errado, eu estava em um novo mundo, eu tinha simplesmente cansado de ser a “coitadinha”, mudei, fiquei com novos caras, escutava aquelas amizades em primeiro lugar, tinha aprendido a chorar sozinha, aprendi a mentir, aprendi a ri pra quem não merece, eu tinha me tornado um robô, que faz as vontades das pessoas, ou melhor daquelas amizades, eu não amava mais, e faziam com que me amassem, e acabava fazendo as pessoas sofrerem, meu Deus a que ponto cheguei? Eu simplesmente tinha cansado de ser aquela garotinha perfeita, e não estava nem ai para o que os outros iam falar, eu enfrentava tudo de frente, e sorrindo, mesmo não querendo, e ao anoitecer ele estava lá me esperando, meu querido e único travesseiro, o único que não me deixou.
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